terça-feira, 16 de setembro de 2008

Crise econômica.

Estou reeditando este post, em virtude dos últimos acontecimentos, já que até mesmo nós, simples estudiosos do dia-a-dia, já prevíamos o que está acontecendo e por que então os governos não tomaram medidas para amenizar a crise que se vislumbra?
Notem que publiquei o texto a seguir, no dia 29/02/2008, portanto já há 6 meses e ainda assim, não vi providências sendo tomadas.
Segue o texto original, que também pode ser encontrado aqui neste blog nas ``postagens mais antigas``.

Crise econômica
Bem, por definição a palavra economia que vem do grego ``oikos``(casa, propriedade) e ``némien``, (administrar, por regras), tem como significado o ato de administrar uma casa ou propriedade, porém o pensador Santo Tomás de Aquino(1225-1274), percebeu que ela era mais abrangente e deu-lhe a seguinte definição: Ato administrar riquezas, bens e despesas domésticas.Hoje a economia é uma ciência muito complexa e que deve ser estudada em conjunto com a política, que se tornou seu principal componente. Diante da globalização, ficamos muito dependentes dos fatos que acontecem por todo o planeta e uma crise na Ásia pode derrubar as Bolsas no mundo todo, como já ocorreu.Desde os meados de 2007 iniciamos um processo de desestruturação econômica, que julgo ser o mais grave desde a Segunda Guerra. Dizem os especialistas que tal processo teve origem em empréstimos imobiliários sem garantias, feitos por bancos americanos. Mas ao nos aprofundarmos na questão veremos que o problema é muito maior e já vem se arrastando por anos, conforme já alertou o escritor Robert T. Kiyosaki em seu livro ``Pai Rico, Pai Pobre``. Acontece que nos anos 60 houve um enorme número de nascimentos nos Estados Unidos, estas pessoas entraram no mercado de trabalho praticamente ao mesmo tempo, gerando uma das maiores poupanças já vistas. Agora, estas poupanças que foram aplicadas, principalmente em fundos de ações, terão que se transformar em rendimentos para estas pessoas que estão se aposentando. Aí teremos um forte movimento de venda de ações, e onde existe muita oferta vai, sem dúvida, haver queda de preços e numa economia globalizada acaba gerando um efeito cíclico, ou seja, se o preço está em queda vende-se antes que caia mais, aumentando ainda mais a oferta que derrubará os preços, colocando em rico as próprias empresas lançadoras das ações. Este efeito, potencializado pelo medo, falta de ações políticas e pela incapacidade de reação dos mercados, visto que é impossível para uma empresa saber em que parte do mundo estão sendo negociadas suas ações, pode levar o mundo a viver um``Crash`` global. Todo cuidado ainda será pouco.

Deva Mantovani
** Texto publicado originalmente no Informativo Viva-Voz de São José do Rio Preto.
Edição de fevereiro/2008