sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Crise econômica

Bem, por definição a palavra economia que vem do grego ``oikos``(casa, propriedade) e ``némien``, (administrar, por regras), tem como significado o ato de administrar uma casa ou propriedade, porém o pensador Santo Tomás de Aquino(1225-1274), percebeu que ela era mais abrangente e deu-lhe a seguinte definição: Ato administrar riquezas, bens e despesas domésticas.
Hoje a economia é uma ciência muito complexa e que deve ser estudada em conjunto com a política, que se tornou seu principal componente. Diante da globalização, ficamos muito dependentes dos fatos que acontecem por todo o planeta e uma crise na Ásia pode derrubar as Bolsas no mundo todo, como já ocorreu.Desde os meados de 2007 iniciamos um processo de desestruturação econômica, que julgo ser o mais grave desde a Segunda Guerra. Dizem os especialistas que tal processo teve origem em empréstimos imobiliários sem garantias, feitos por bancos americanos. Mas ao nos aprofundarmos na questão veremos que o problema é muito maior e já vem se arrastando por anos, conforme já alertou o escritor Robert T. Kiyosaki em seu livro ``Pai Rico, Pai Pobre``. Acontece que nos anos 60 houve um enorme número de nascimentos nos Estados Unidos, estas pessoas entraram no mercado de trabalho praticamente ao mesmo tempo, gerando uma das maiores poupanças já vistas. Agora, estas poupanças que foram aplicadas, principalmente em fundos de ações, terão que se transformar em rendimentos para estas pessoas que estão se aposentando. Aí teremos um forte movimento de venda de ações, e onde existe muita oferta vai, sem dúvida, haver queda de preços e numa economia globalizada acaba gerando um efeito cíclico, ou seja, se o preço está em queda vende-se antes que caia mais, aumentando ainda mais a oferta que derrubará os preços, colocando em rico as próprias empresas lançadoras das ações. Este efeito, potencializado pelo medo, falta de ações políticas e pela incapacidade de reação dos mercados, visto que é impossível para uma empresa saber em que parte do mundo estão sendo negociadas suas ações, pode levar o mundo a viver um``Crash`` global. Todo cuidado ainda será pouco.

Deva Mantovani
** Texto publicado originalmente no Informativo Viva-Voz.

Brasileiros no Japão - Gafe 2

Nunca havia parado para pensar sobre o analfabetismo. Porém, alguns meses morando no Japão foram suficientes para que eu me convencesse da necessidade de darmos mais atenção a tal problema, não só pelos embaraços por que passamos, mas também pelos riscos que corremos. Vejam este caso:
Um conhecido, recém chegado ao Japão, morando sozinho num alojamento e sem saber cozinhar, passava todas as tardes num supermercado e comprava comida enlatada para seu jantar. Depois de muitos meses nessa rotina, tendo um melhor domínio do idioma e pessoa simpática que era, tornou-se um cliente especial do supermercado e amigo dos funcionários. Numa dessas tardes, já com a cesta cheia de comida em lata, parou um instante para trocar algumas palavras com um dos funcionários do mercado e depois de alguns minutos o rapaz perguntou-lhe:
- Qual a raça de seu cão?
Ele respondeu que não tinha cão, no que o rapaz, meio que sem entender, devolveu:
- Então que animal você tem, para comprar tanta comida para cachorro?
Só então, percebendo que havia durante meses, comido ração para cão, disfarçou dizendo que comprava para o cão de um colega de trabalho, indignado com sua própria incapacidade. Depois desse episódio, passou a freqüentar aulas de japonês e hoje lê, pelo menos o básico do idioma.

Deva Mantovani
** Texto publicado originalmente no Informativo Viva-Voz.

Brasileiros no Japão - Gafe 1

Nos meus muitos anos vividos no Japão, pude viver e presenciar inúmeras gafes relacionadas aos costumes e à língua. Uma que me recordo bem, foi vivenciada por um amigo, que num momento de ``grande aperto``, entrou em uma pequena loja e achou ter perguntado ao lojista onde tinha um banheiro. Este, solicitamente, informou-lhe que logo depois da esquina havia um, muito bonito, por sinal. Depois de muita procura e algum tempo, que lhe pareceu uma eternidade, voltou à loja e perguntou novamente ao lojista, que espantado disse-lhe que não tinha como errar e que aquele era o maior prédio da cidade. Educadamente apontou para o prédio que podia ser visto dali e perguntou o que desejava fazer lá. Muito sem jeito meu amigo falou-lhe, baixinho ao pé-de-ouvido, no que o Japonês respondeu numa gargalhada:
-Isto você não pode fazer num Templo ( Ô Terai), tem que fazer num banheiro( Tê arai*), pode usar o da loja, que fica logo ali.
É... Temos que tomar muito cuidado com palavras de pronúncia parecida e significados tão distintos.
* As palavras ``tê arai``e `` benjô`` atualmente está em desuso, substituída por `toere`(toellet).
Deva Mantovani

** este artigo foi publicado originalmente no Informativo Viva-Voz.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Ter fé é uma questão de fé!

No livro aos Hebreus, Paulo diz: "Ora, a fé é a certeza das coisas que são esperadas, e a convicção dos fatos que não são vistos". Ou seja, ter fé é acreditar naquilo que não está claro diante dos nossos olhos, crer no invisível.
O invisível pode ser um sonho de consumo, a conquista de um bem, a busca pelo emprego desejado, enfim, aquilo que pode ser visto apenas pela formulação de imagens na mente, que é a imaginação.
Da mesma forma, temos o poder de acreditar num deus (com "d" minúsculo) e tentar imaginar o seu formato. Alguns podem até fundir com ouro e prata uma suposta imagem dele, bem como adorá-la como o próprio deus. Como é dito no livro aos Romanos, "tudo me é lícito, mas nem tudo convém". Posso adorá-las como o próprio deus, mas não convém.
Não convém porque o que menos importa é a sua forma ou aparência, mas o que ele quer dizer e transmitir ao ser humano. O importante não é seu cabelo curto ou comprido, mas a essência e o vigor das suas palavras. Pouco importa se ele tem ou não tem olhos azuis. O importante é que seu olhar consome como fogo. Não me incomoda se ele era branco ou negro, mas o que importa é que ele nunca fez acepção de pessoas.
Nosso olhos nos enganam. As imagens nos devoram e nos faz reféns. A fé não é material, antes é espiritual. A fé não é palpável, que pode ser comercializada. A fé, como é dito em João, vem pelo ouvir, ouvir da palavra de Deus. Este "Deus" com "D" maiúsculo.
Deus tem um nome. Um nome que está acima de todos os nomes. Nome o qual jamais teve e nunca mais haverá. Um nome único!

Diego Polachini, estudante de Jornalismo.

O começo.

Queridos amigos! Este é um espaço para discussões sobre qualquer assunto. A idéia surgiu em um bate-papo informal com o Diego Polachini, redator do informativo Viva-Voz, que como eu enxerga a necessidade de mais espaços para colocarmos nossas idéias em discussão. Nós pensamos que é através da troca de idéias que evoluímos e nos tornamos melhores como pessoas e como cidadãos, e que só através desse crescimento é que podemos transformar tais idéias em ações. Acredito, ainda, que são atitudes discutidas e planejadas que levam um país ou um povo a ter um futuro melhor e mais digno. Isto posta gostaria de convida-los a postar com a gente.