segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Feliz Natal!


Natal é a época do ano em que as pessoas ficam mais cheias de vida, amor, alegria, criando um clima festivo, de paz e fraternidade.

O Natal é a data mais importante do calendário cristão, quando é celebrado o nascimento do Menino Jesus. Mas quando falamos sobre Natal, podemos abrir um leque de histórias, contos e tradições, que até hoje são transmitidas de geração a geração.
Para que sua festa fique ainda mais bonita e alegre, vamos contar um pouco sobre as histórias que existem por trás de alguns símbolos e enfeites natalinos, e vamos expor o que eles representam para esta época de harmonia e paz entre amigos e familiares.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Frases de efeito e seus autores.

" Serei o homem mais amado da América!"
(George W. Bush, logo após ser eleito presidente americano)

"Agora o Brasil tem o presidente que merece!"
(Lulla, todos os dias, em frente ao espelho)

"Quero dizer que a economia americana é inabalável. A palavra crise não existe para nós!"
(John Mc Cain, na campanha presidencial)

terça-feira, 4 de novembro de 2008

O limite da estupidez humana.



Quando o assunto é religião eu sempre procurei guardar minhas opiniões e não emiti-las, já que cada pessoa é livre para professar sua fé e suas crenças e essa sempre foi a minha crença. Mas tudo chega a um limite onde toda pessoa tem a obrigação moral fazer algo, nem que seja um simples desabafo.
Esta semana uma criança na Somália, com apenas 13 anos, foi violentada, estuprada por três homens adultos e se essa violência já não fosse o bastante, a criança foi julgada `` em nome da honra da família``, e considerada culpada de prostituição, inclusive com a conivência do próprio pai, e como resultado foi morta por apedrejamento num estádio, na presença de toda a comunidade local (mais de 1000 pessoas). Este é um costume islâmico, que é constantemente colocado em prática. Posteriormente, graças a uma forte pressão de ONG´S, o governo local admitiu ter cometido ``excessos``. É lamentável que ainda hoje ocorram fatos como estes, em nome de religiões. Eu digo em nome de religiões e não em nome de Deus, pois não posso acreditar que essa seja a vontade Dele, e digo ``em nome`` pois também não acredito que essa seja uma regra de qualquer igreja. Mas o que mais me espanta é ver que dentro do islamismo ocorram tantas barbáries, tantas atrocidades. Será que é pelo fanatismo de alguns seguidores, ou pela covardia da maioria, que assiste calada a todas estas aberrações. Não podemos, como já disse, culpar a religião por tudo que acontece, mas é bastante claro que os líderes islâmicos são partidários de atitudes violentas e da subserviência de seus seguidores, e ainda vejo que apesar de ser uma das três grandes religiões do planeta (hoje a maior), o islamismo está fraguimentado em diversas seitas, onde cada qual segue sua própria versão do Corão, quase sempre para justificar o domínio, impor o medo e espalhar o terror. É tempo de se começar a tirar este véu, que literalmente encobre a visão de todo um séqüito de fiéis, que na minha visão de religião, estão mais para infiéis.



Deva

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Crise econômica.

Estou reeditando este post, em virtude dos últimos acontecimentos, já que até mesmo nós, simples estudiosos do dia-a-dia, já prevíamos o que está acontecendo e por que então os governos não tomaram medidas para amenizar a crise que se vislumbra?
Notem que publiquei o texto a seguir, no dia 29/02/2008, portanto já há 6 meses e ainda assim, não vi providências sendo tomadas.
Segue o texto original, que também pode ser encontrado aqui neste blog nas ``postagens mais antigas``.

Crise econômica
Bem, por definição a palavra economia que vem do grego ``oikos``(casa, propriedade) e ``némien``, (administrar, por regras), tem como significado o ato de administrar uma casa ou propriedade, porém o pensador Santo Tomás de Aquino(1225-1274), percebeu que ela era mais abrangente e deu-lhe a seguinte definição: Ato administrar riquezas, bens e despesas domésticas.Hoje a economia é uma ciência muito complexa e que deve ser estudada em conjunto com a política, que se tornou seu principal componente. Diante da globalização, ficamos muito dependentes dos fatos que acontecem por todo o planeta e uma crise na Ásia pode derrubar as Bolsas no mundo todo, como já ocorreu.Desde os meados de 2007 iniciamos um processo de desestruturação econômica, que julgo ser o mais grave desde a Segunda Guerra. Dizem os especialistas que tal processo teve origem em empréstimos imobiliários sem garantias, feitos por bancos americanos. Mas ao nos aprofundarmos na questão veremos que o problema é muito maior e já vem se arrastando por anos, conforme já alertou o escritor Robert T. Kiyosaki em seu livro ``Pai Rico, Pai Pobre``. Acontece que nos anos 60 houve um enorme número de nascimentos nos Estados Unidos, estas pessoas entraram no mercado de trabalho praticamente ao mesmo tempo, gerando uma das maiores poupanças já vistas. Agora, estas poupanças que foram aplicadas, principalmente em fundos de ações, terão que se transformar em rendimentos para estas pessoas que estão se aposentando. Aí teremos um forte movimento de venda de ações, e onde existe muita oferta vai, sem dúvida, haver queda de preços e numa economia globalizada acaba gerando um efeito cíclico, ou seja, se o preço está em queda vende-se antes que caia mais, aumentando ainda mais a oferta que derrubará os preços, colocando em rico as próprias empresas lançadoras das ações. Este efeito, potencializado pelo medo, falta de ações políticas e pela incapacidade de reação dos mercados, visto que é impossível para uma empresa saber em que parte do mundo estão sendo negociadas suas ações, pode levar o mundo a viver um``Crash`` global. Todo cuidado ainda será pouco.

Deva Mantovani
** Texto publicado originalmente no Informativo Viva-Voz de São José do Rio Preto.
Edição de fevereiro/2008

terça-feira, 29 de julho de 2008

O alarmante Documento 264

publicado em 9 de julho de 2008 Deva Mantovani ( Jornal A Tribuna MT)
link: http://www.atribunamt.com.br/?p=19545
Nascemos, crescemos e ficamos mais altos e mais fortes do que nossos pais, a base de vitaminas e suplementos lácteos que nossas mães colocaram em nossas mamadeiras. Parece simples, porém alguns médicos e céticos ainda relutam quanto a fundamental importância da suplementação com vitaminas, proteínas e minerais em nossa alimentação.
Um problema, pela primeira vez apontado em 1936 e discutido no Senado Norte Americano, detectava que o plantio intensivo de alimentos levava ao empobrecimento e perda de suas características naturais. Era o famoso “Documento 264”. O Dr. Joel Wallach, indicado para o prêmio Nobel em 1991, lembra que muitas propriedades da maioria dos legumes, frutas e verduras simplesmente desapareceram e que não conseguiremos ingerir os padrões mínimos recomendados pela OMS de alguns nutrientes, não importando o quanto as comemos.
Atualmente a lavoura é intensiva e os fazendeiros não dão ao solo o tempo necessário para a reposição dos nutrientes essenciais ao homem. Para agravar, o adubo utilizado repõe apenas aquilo que interessa à aparência do vegetal e ao lucro do agricultor. Uma cenoura grande e bonita ou uma “super” maçã tem valores nutricionais incrivelmente desproporcionais a seus tamanhos. Os fertilizantes modernos são constituídos apenas de nitratos, fosfatos e potássio (NPK), por questões de custos. Minerais como selênio, iodo, cromo, cobalto, níquel, flúor - que originalmente estavam presentes nos vegetais - não são incluídos na formulação dos fertilizantes e criam vegetais nutricionalmente deficientes.
Devido ao delicado e sensível equilíbrio do nosso organismo, adoecemos e temos as mais variadas disfunções orgânicas, pela simples ausência de um destes minerais na alimentação. Muitos tratamentos preventivos para doenças graves, têm causado fervor no mundo científico, quase sempre como uma reedição deste mesmo tema. A falta de selênio no organismo causa envelhecimento prematuro, assunto muito presente em pautas atuais. Citamos que as únicas fontes consideráveis do mineral selênio hoje, são a Castanha do Pará e uma planta que cresce somente no Deserto de Negev em Israel. Bem eu, como a grande maioria da população, nunca estive em Israel nem tampouco me recordo da última vez que comi Castanha-do-Pará, se é que já comi.
Uma forma simples de solucionar estas carências são os Multiminerais e Multivitamínicos. Eles estão presentes em nossa alimentação cotidiana desde nossa tenra infância e não devem ser nunca abandonados. Eles agem preventivamente fornecendo doses mínimas ideais de cada uma das substâncias essenciais à saúde. Hoje somos dependentes deles como um “antídoto do mundo atual”, dizem alguns. Atletas devem dar especial atenção ao problema na busca de suas performances. Tentar obter uma dieta com todos os nutrientes necessários é simplesmente impossível, como defendem alguns poucos conservadores. Teríamos que levar uma vida inteiramente dedicada à alimentação, freqüentando as feiras diariamente, checando a origem e valor nutricional real de cada alimento e buscando uma variedade de ingredientes inimaginável, incluindo frutas e animais silvestres. Quem se habilita?

Estamos de volta.

Devido a mudança, fiquei algum tempo sem postar, porém já estamos voltando a ativa.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Biocombustíveis

É muito interessante acompanharmos os jogos de cenas nas relações internacionais. Os países ricos quase sempre são os autores dos ``scripts`` e todos devem seguir diligentemente os mesmos, sendo que, se algum figurante ousar tentar aparecer além do que já estava previsto, será sumariamente excluído do ``set``.
Pois bem, no caso dos biocombustíveis, o ``script`` já estava pronto, o espetáculo já em andamento, os atores principais com as falas decoradas e dando as ``deixas`` para os co-adjuvantes, pouco acostumados aos holofotes, terem seus minutos de glória. Seria um grande sucesso de bilheteria. Os países ricos representando, como atores principais, os interesses ecológicos e o progresso da humanidade, defenderiam ardentemente, o uso do álcool combustível, do biodíesel, de energias renováveis, etc, etc... Já os países em desenvolvimento, co-adjuvantes, seriam os soldados desta luta, combatendo a poluição, dando provas de que o trabalho degradante estaria sendo combatido e gerando muitas oportunidades de novos negócios para um futuro mundo igualitário. E quiçá, num ``gran finale``, um ou dois destes atores seriam promovidos a astros dos próximos espetáculos, com direito a participar da elaboração de novos ``scripts``. Existem também os países pobres, os figurantes. Bem eles teriam que desempenhar seu papel de sempre: preencher o cenário, e fazer cara de aprovação á tudo que for dito, e vez por outra ser empurrado por um soldado, quando da passagem de alguém importante em meio a alguma manifestação. Estava tudo conforme o que fora ensaiado. Uma beleza!
Mas eis que de repente entram em cena novos elementos: crise financeira americana, alta exorbitante do petróleo, queda do dólar, que leva a uma provável falta de alimento. Começa então a confusão, e o ``script`` tem que ser re-escrito. O tema ecológico já não é mais tão importante, a falta de alimento sim. E é até lógico que seja, já que entre morrer de fome no futuro devido a problemas ecológicos ou morrer de fome agora por falta de alimento a escolha é óbvia. Mas todos os atores principais gostam de fazer o papel de mocinho, salvadores do universo, super-heróis, eles jamais poderiam ser os causadores da fome, da tragédia. Eles são mocinhos, não bandidos. E além do mais, o roteiro é deles, são eles que escrevem, e como num passe de mágica, num momento de profunda inspiração criadora dá-se a solução: Vocês lembram do grande milagre? Os biocombustíveis? Pois bem, era só um disfarce. Na verdade era um lobo em pele de cordeiro, tinha enganado nossos heróis por algum tempo, mas como sempre nossos heróis em suas genialidades logo sacaram: aí está o mal. É ele a origem do problema. Vamos ataca-lo por todos os lados e vamos derrota-lo. Ah! E sabe aqueles co-adjuvantes que iriam passar para o grupo dos atores principais? Eles pagarão o prejuízo pelo atraso do espetáculo. Não importa se a produção de grãos subiu 3,6% este ano, e a previsão para o próximo seja semelhante. Não importa se, com todos os fatores adversos, e só com a própria competência consegue manter os preços dos alimentos em patamares parecidos, e que foi o dólar que se desvalorizou e, portanto é o dinheiro deles que não compra mais o que se comprava antes. O que realmente importa é que o culpado apareça, afinal sem bandido não existe mocinho, e não será um ator co-adjuvante, com sua excepcional produção de alimentos que será o mocinho, e não serão os atores principais com seus subsídios que serão os bandidos. Este papel não foi escrito para ele. O co-adjuvante será o bandido e pronto. Ele tem a obrigação de alimentar o mundo inteiro, mesmo que seja pela força. Opa! Pela força? Acho que já vi este filme antes.
Deva Mantovani

terça-feira, 15 de abril de 2008

Em busca do desenvolvimento.

Na última Semana-Santa, fui juntamente com minha esposa, visitar parentes e amigos que residem no estado do Mato Grosso. Na noite anterior à viagem, recebi um telefonema de minha sobrinha, preocupada, me alertando para as más condições de algumas estradas. Ela não entendeu bulhufas quando desatei a rir – foi quando lhe expliquei o motivo de tanta graça: - Eu moro em Rio Preto, já estou acostumado a desviar de buracos e de algumas crateras, e isso em avenidas de grande movimento. Realmente, chega ser engraçado, se não fosse uma falta de respeito para com o contribuinte e para com os turistas que aqui chegam.
Como é possível tamanho descaso com esta situação? Temos aqui uma cidade com um grau de desenvolvimento elevado, um orçamento polpudo, repasses de verbas estaduais gordas. Então, por que esta situação? Sem mencionar a coleta de lixo, que está totalmente desorganizada e falha. Eu pergunto: Por quê?
O certo é que todos nós queremos que nosso País chegue à condição de pleno desenvolvimento. Posso assegurar, com a experiência de quem conheceu e morou em lugares plenamente desenvolvidos, que sem uma infra-estrutura voltada ao bem estar do cidadão e à preservação do patrimônio público, assim como, o trato respeitoso aos cidadãos e turistas, não se chega, ao tão almejado, desenvolvimento pleno. Que nossas autoridades públicas reflitam sobre isto.
Deva Mantovani
(Texto publicado no Informativo Viva-Voz.)

domingo, 30 de março de 2008

Fatos para se pensar

Em 1968, o escritor russo Alexander Gorbovsky, propôs que as grandes civilizações, tanto do velho mundo, quanto da América, desenvolveram-se a partir de um patrimônio comum, os traços das primeiras civilizações, já desaparecidas.
De acordo com sua crença, alguns fatos sobre nossa história são completamente ignorados pela maioria das pessoas, o que contribui para uma espécie de cegueira histórica.
Vejamos alguns destes fatos:
· Na língua falada pelas castas inferiores do povo Inca havia, comprovadamente, pelo menos mil palavras provindas de raízes sânscritas;
· Em análises serológicas realizadas em fragmentos de múmias Incas, foi descoberto que esse povo pertencia ao grupo sangüíneo ‘A’, absolutamente desconhecido na América até a chegada dos espanhóis, no século XVI;
· Os chineses, há mais de mil e seiscentos anos, conheciam e aplicavam o fenômeno da eletrólise;
· Textos de mais de três mil anos de idade, encontrados na Índia, mencionam uma espantosa arma, cuja descrição nos remete aos efeitos de uma bomba atômica;
· E mais, os russos descobriram também na Índia, um esqueleto humano de quatro mil anos de idade portador de radioatividade superior em 50 vezes a radioatividade ambiente. As evidências indicam que o indivíduo havia consumido alimentos contaminados com radioatividade 100 vezes maior que a média aceita.
Com certeza, todas estas evidências significam algo. Talvez tenhamos simplesmente esquecido nosso passado mais remoto, - ou talvez, algo significantemente marcante tenha acontecido em algum momento com a humanidade, de forma que a tenha feito esquecer seu passado.
De qualquer forma, só a consciência completa deste "esquecimento" poderá nos fornecer as respostas que tanto procuramos.
Deva Mantovani

quinta-feira, 27 de março de 2008

Não fique chateado se lhe chamarem de rato.

Pois é! Acabei de ler um artigo, publicado um em jornal científico britânico, que pesquisadores da Universidade College London e a Universidade de Oxford, descobriram que ratos possuem capacidade de pensamento abstrato. E mais, aprendem e passam a usar tal aprendizado na execução de tarefas posteriores. Tais qualidades, segundo os pesquisadores, até então só era percebidas nos seres humanos.
Fiquei muito assustado com tal descoberta, e um pouco humilhado, devo confessar. Não por mim, mas pelos nossos ratinhos Brazucas, que como todos nós sabemos não tem estas mesmas habilidades dos ratos ingleses. E foi aí que entendi por que o Jerry sempre leva vantagem nas disputas com o Tom. Pudera, um simples gato não tem a mínima chance frente ao brilhantismo de um rato, que apesar de americano, desconfio ter descendido de um inteligente rato inglês.
Pois bem, sabendo deste fato, passo a me preocupar, pois já pensaram se num dia desses um destes ratos tiver um surto revolucionário, e resolver liderar os seus na luta pelo queijo que lhes é de direito? E se de repente, hastearem suas pequenas bandeiras vermelhas e invadirem os campos reivindicando sua terra e o que nelas se produz, visto que, revolucionários que são, pregam a distribuição da produção e da renda, não importando quem trabalhou para produzir?Fico pensando: Não há nada de mais útil, e sério para ser pesquisado? E pior - a ciência virou piada, pessoas deturpam resultados apenas para garantir verbas para suas ``pesquisas``. E sabemos que isso não se restringe a coisas totalmente inúteis como esta. Esta mesma lógica é aplicada em áreas mais perigosas, como medicina e química, onde erros, ou más intenções podem custar vidas humanas, que no caso podem, sim, ser comparadas a cobaias, ou em outras palavras: Estamos realmente, sendo tratados como ratos, de laboratório, porém, ratos.
Deva Mantovani

terça-feira, 18 de março de 2008

Parabéns São José do Rio Preto!

Num dia desses, de belo entardecer, parei o carro, ali, próximo ao Condomínio Damha e fiquei a admirar (como a muitos anos não fazia) a paisagem urbana ao meu redor. Sorri sozinho, imaginando o que teria escrito em seu diário o Visconde de Taunay se tivesse pernoitado nestas paragens hoje, e não em 1867. Será que hoje, algum viajante que passe por Rio Preto, acreditaria que em 1867 alguém tivesse descrito este lugar como o mais miseráveis dos lugares? - Creio que não. Porém, é bem possível que o era, como relatou o já referido Visconde, em sua passagem por aqui de retorno da Guerra do Paraguai.
E sabemos que tal situação só foi alterada em 1912, com a chegada da Estrada de Ferro Araraquarense.
Fito o horizonte em todas as direções e vejo em cada canto (cada um com suas características) uma cidade bonita, rica e de gente empreendedora, trabalhadora e ávida por uma vida de qualidade; e penso que tenha sido estas qualidades que levaram esta cidade a tanto progresso em tão pouco tempo. E quando falo em progresso não o estou fazendo de maneira comparativa, pois uma cidade com IDH acima de 0.8, com saneamento e calçamento em aproximadamente 99% das localidades, renda ``per capita``comparável a países europeus, e que deve alcançar 100% de esgoto tratado ainda este ano, não pode ser simplesmente comparada a outras cidades e sim servir de modelo para aqueles que ainda não alcançaram tal desenvolvimento. Porém, com o espírito ``caipira`` que sempre nos moveu, vamos continuar madrugando, pois como diz o ditado: -`` Deus ajuda quem cedo madruda``, e o povo Rio Pretense sempre foi madrugador. Parabéns Rio Preto.
Deva Mantovani (para Informativo Viva-Voz)

quinta-feira, 13 de março de 2008

Centenário da Imigração Japonesa no Brasil‏.

Texto recebido do grande amigo Yukio, com quem tive o prazer de trabalhar e conviver por longos anos, lá em Nagano-ken, Japão.
``No ano das festividades do centenário da imigração japonesa noBrasil, as colônias japonesas já estão em festas. Bom, o quesignifica cem anos? Significa muito, significa no mínimo quatrogerações, ou seja, já estamos nos yonseis. Então fica a pergunta, Oque é ser "japonês" para nós que já somos até da quarta geração? Equal seria a importância dessa comemoração para nós? Recentemente,assisti a minissérie (Haru e Natsu:As cartas que não chegaram),transmitida a poucos dias atrás pela bandeirantes. Fugindo da pobreza,uma família parte para trabalhar no Brasil. A idéia era ganhardinheiro e em poucos anos voltar para o Japão, onde avó e filha maisnova ficaram. Esta família estaria nas últimas levas migratóriaspromovidas pelos governos do Japão e do Brasil; entre 1925 e 1934,mais de 120 mil japoneses chegaram ao Brasil. Em 1934, o Estado Novode Getúlio Vargas restringe drasticamente a entrada de estrangeiros nopaís. Logo depois, com a II Guerra Mundial, a possibilidade de retornodiminui e os japoneses fixam-se definitivamente no Brasil. Será que aguerra foi apenas um pretexto? Algumas famílias, sem dúvida,conseguiram prosperar com fazendas, comércio, ou pequenas indústrias,elas largariam tudo no Brasil para voltar? Outras famílias, a maioria,estavam trabalhando quase como escravas nas fazendas de café e algodãode São Paulo e não enriqueceram. Envergonhadas, voltariam? De um jeitoou de outro, ficamos. Coitados dos que não prosperam aqui,aposentaram-se na lavoura e hoje recebem e sobrevivem com o benefíciomínimo do INSS.Neto de japoneses, sou sansei, o que resta de japonês em mim? Umsansei pode falar como sendo um japonês? Ler as revistas daSeicho-no-ie, fazer alguns origamis, comer sushi usando hashi eassistir anime, um monte de brasileiros também faz. Jogar um pouco deshogi e hanafuda, usar mimikaki no lugar do cotonete, saber usar osoroban (ábaco), dormir em futon, comer nattô e depois percebo oquanto é difícil falar japonês. Hoje, sansei que domina o japonês épra poucos... Então, sou japonês?Em 2008, também poderíamos comemorar20 anos (aproximadamente) da emigração de (dekassegis/nikkeis)brasileiros no Japão. A partir do final da década de 1980, nisei,sansei e yonsei começaram a "retornar" ao Japão com as mesmasintenções de seus ancestrais para trabalhar, enriquecer e voltar. Ahistória está se repetindo às avessas? Estamos fechando um "ciclo"?Somos fisicamente parecidos com os japoneses, a cultura japonesa nãonos é totalmente estranha, mas mesmo assim, lá somosgaijin's(estranhos/estrangeiros) E no Japão os trabalhos ao qual somosimpostos são os trabalhos 5K's: Kitanai (sujo), Kiken (perigoso) eKitsui (penoso), Kibishii (exigente) e Kirai (detestável). Por que?Porque o Japão do século XXI parece com o Brasil do início do séculoXX. O Brasil é a terra dos imigrantes, sempre. Já o Japão nunca haviarecebido tantos imigrantes antes dessa onda migratória de dekasseguis:já são mais de 250 mil lá! Será que em uma ou duas gerações, os"brasileiros" no Japão serão reconhecidos e valorizados assim como acolônia "japonesa" é no Brasil no século XXI? Nossos avós sofrerambastante no início do século XX logo que chegaram ao Brasil:preconceito, dificuldades de adaptação ao clima, à alimentação, etc.Graças ao sucesso de algumas (não todas) famílias, hoje é mais "fácil"ser japonês no Brasil. Temos orgulho de nossas origens e comemoraremoso centenário da imigração. Mas lá no fundo... Coração brasileiro oujaponês? Brasileiro, né? Comemoraremos então o centenário pelo simplesfato da colônia japonesa ter adquirido um direito moral aqui. E lá, osbrasileiros terão o que comemorar nos seus 20, 30, 40,...,100 anos deimigração? Difícil de prever, esperaremos pra ver...
um grande abraço!
--YAMANO, Sandro Y.sandroyamano@gmail.com``

segunda-feira, 10 de março de 2008

Sebastião Salgado

Trecho extraido da entrevista concedida à Terra Magazine, pelo premiado fotógrafo Sebastião Salgado ( que é um esquerdista atento).
``A esquerda no Brasil, por exemplo, tem propostas que são antigas, velhíssimas, que já amadureceram, secaram, morreram, mas que ainda são utilizadas como instrumento de governo, e acho que isso tem de mudar. Elas têm de ser adaptadas e feitas de outra forma. Mas o pensamento de esquerda nunca foi tão forte e tão vital como agora.
Por exemplo, a idéia de que o importante é o proletariado, que o importante é você criar emprego no setor industrial, nos setor de exportação agrícola, que é a idéia de base no Brasil. A forma de criar energia no Brasil... Essas coisas já passaram. O Brasil necessita de energia demais, mas essas formas já não são mais a boas, há outras maneiras de se fazer. Também as estruturas tradicionais e pesadas dos partidos, não se podem mais funcionar assim. Há uma série de coisas que acho que têm de ser mudadas e adaptadas.``

quinta-feira, 6 de março de 2008

Crise na América Latina.

Contemplando à distância, embora preocupado, esta crise que se instalou em nosso Continente, fico com a impressão de que algo está muito errado: por que os narcotraficantes terroristas, que se auto denominam, guerrilheiros, têm passagem livre por todas as fronteira e livre acesso em todos nossos países? Por vezes são até, muito bem recebidos, (embora na calada da noite) pelo primeiro escalão de alguns governos?
Mas por outro lado, por que se soldados que estão em missão de captura destes terroristas e, sem colocar em risco nenhum cidadão do país vizinho, avançam alguns metros além fronteira, gera uma crise internacional?
Está muito claro, que em nenhum instante, houve a intenção de qualquer tipo de atentado à soberania deste ou daquele país. Está claro, ainda, que ninguém ali tinha interesse em algo, que não fosse atacar estes terroristas.
Porque então estes governantes, que agora se tomam por defensores de suas fronteiras e enviam tropas para evitar que as mesmas sejam ``violadas``, não procederam desta mesma maneira quando estes ``guerrilheiros`` passavam e até seqüestravam pessoas deste e daquele lado, sem ao menos tomar conhecimento se existiam ou não fronteiras???
Será que seria conivência com o tráfico de drogas?
Será que seria por interesse em manter o Continente em permanente ``revolução``?
A quem mais interessaria esta situação? Ao povo, ou a grupos? Ou a governos que se servem das armas destes terroristas, ou de seu dinheiro sujo para se elegerem, quando candidatos?
No caso específico da Venezuela, parece-me que Chávez está tentando esconder sua incompetência e falta de projetos para o país, desviando a atenção com seu falatório e suas ameaças, que ninguém mais leva a sério. Porém, existe uma grande diferença, entre ele, Chávez, provocar e falar asneiras e incitar outros povos a entrarem em conflito. Quando ele provoca, ele tem a clara noção que é só isso, provocação. No momento que incita outros países a se digladiarem, ele passa a não ter mais o controle da situação e aí é que pode estar o perigo. Ele me faz lembrar algo que era comum nas peladas que jogávamos quando criança: se dois garotos tinham alguma pequena desavença no jogo, logo surgia aquele moleque maior, geralmente repetente, que vivia brigando com todos os garotos (menores que ele) e xingando os maiores (desde que houvesse uma distância segura), e traçava um risco no chão e ia falando; - `Quem for homem, passe a risca de dê um tapa na cara do outro!``. Pronto! Estava feita a confusão. E se chegava algum adulto ele ia logo contando vantagem. E dizia que tinha a situação sobre controle. Era pura molecagem.
Enfim, é isto. Hugo Chávez, não passa de um moleque.
Deva Mantovani

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Crise econômica

Bem, por definição a palavra economia que vem do grego ``oikos``(casa, propriedade) e ``némien``, (administrar, por regras), tem como significado o ato de administrar uma casa ou propriedade, porém o pensador Santo Tomás de Aquino(1225-1274), percebeu que ela era mais abrangente e deu-lhe a seguinte definição: Ato administrar riquezas, bens e despesas domésticas.
Hoje a economia é uma ciência muito complexa e que deve ser estudada em conjunto com a política, que se tornou seu principal componente. Diante da globalização, ficamos muito dependentes dos fatos que acontecem por todo o planeta e uma crise na Ásia pode derrubar as Bolsas no mundo todo, como já ocorreu.Desde os meados de 2007 iniciamos um processo de desestruturação econômica, que julgo ser o mais grave desde a Segunda Guerra. Dizem os especialistas que tal processo teve origem em empréstimos imobiliários sem garantias, feitos por bancos americanos. Mas ao nos aprofundarmos na questão veremos que o problema é muito maior e já vem se arrastando por anos, conforme já alertou o escritor Robert T. Kiyosaki em seu livro ``Pai Rico, Pai Pobre``. Acontece que nos anos 60 houve um enorme número de nascimentos nos Estados Unidos, estas pessoas entraram no mercado de trabalho praticamente ao mesmo tempo, gerando uma das maiores poupanças já vistas. Agora, estas poupanças que foram aplicadas, principalmente em fundos de ações, terão que se transformar em rendimentos para estas pessoas que estão se aposentando. Aí teremos um forte movimento de venda de ações, e onde existe muita oferta vai, sem dúvida, haver queda de preços e numa economia globalizada acaba gerando um efeito cíclico, ou seja, se o preço está em queda vende-se antes que caia mais, aumentando ainda mais a oferta que derrubará os preços, colocando em rico as próprias empresas lançadoras das ações. Este efeito, potencializado pelo medo, falta de ações políticas e pela incapacidade de reação dos mercados, visto que é impossível para uma empresa saber em que parte do mundo estão sendo negociadas suas ações, pode levar o mundo a viver um``Crash`` global. Todo cuidado ainda será pouco.

Deva Mantovani
** Texto publicado originalmente no Informativo Viva-Voz.

Brasileiros no Japão - Gafe 2

Nunca havia parado para pensar sobre o analfabetismo. Porém, alguns meses morando no Japão foram suficientes para que eu me convencesse da necessidade de darmos mais atenção a tal problema, não só pelos embaraços por que passamos, mas também pelos riscos que corremos. Vejam este caso:
Um conhecido, recém chegado ao Japão, morando sozinho num alojamento e sem saber cozinhar, passava todas as tardes num supermercado e comprava comida enlatada para seu jantar. Depois de muitos meses nessa rotina, tendo um melhor domínio do idioma e pessoa simpática que era, tornou-se um cliente especial do supermercado e amigo dos funcionários. Numa dessas tardes, já com a cesta cheia de comida em lata, parou um instante para trocar algumas palavras com um dos funcionários do mercado e depois de alguns minutos o rapaz perguntou-lhe:
- Qual a raça de seu cão?
Ele respondeu que não tinha cão, no que o rapaz, meio que sem entender, devolveu:
- Então que animal você tem, para comprar tanta comida para cachorro?
Só então, percebendo que havia durante meses, comido ração para cão, disfarçou dizendo que comprava para o cão de um colega de trabalho, indignado com sua própria incapacidade. Depois desse episódio, passou a freqüentar aulas de japonês e hoje lê, pelo menos o básico do idioma.

Deva Mantovani
** Texto publicado originalmente no Informativo Viva-Voz.

Brasileiros no Japão - Gafe 1

Nos meus muitos anos vividos no Japão, pude viver e presenciar inúmeras gafes relacionadas aos costumes e à língua. Uma que me recordo bem, foi vivenciada por um amigo, que num momento de ``grande aperto``, entrou em uma pequena loja e achou ter perguntado ao lojista onde tinha um banheiro. Este, solicitamente, informou-lhe que logo depois da esquina havia um, muito bonito, por sinal. Depois de muita procura e algum tempo, que lhe pareceu uma eternidade, voltou à loja e perguntou novamente ao lojista, que espantado disse-lhe que não tinha como errar e que aquele era o maior prédio da cidade. Educadamente apontou para o prédio que podia ser visto dali e perguntou o que desejava fazer lá. Muito sem jeito meu amigo falou-lhe, baixinho ao pé-de-ouvido, no que o Japonês respondeu numa gargalhada:
-Isto você não pode fazer num Templo ( Ô Terai), tem que fazer num banheiro( Tê arai*), pode usar o da loja, que fica logo ali.
É... Temos que tomar muito cuidado com palavras de pronúncia parecida e significados tão distintos.
* As palavras ``tê arai``e `` benjô`` atualmente está em desuso, substituída por `toere`(toellet).
Deva Mantovani

** este artigo foi publicado originalmente no Informativo Viva-Voz.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Ter fé é uma questão de fé!

No livro aos Hebreus, Paulo diz: "Ora, a fé é a certeza das coisas que são esperadas, e a convicção dos fatos que não são vistos". Ou seja, ter fé é acreditar naquilo que não está claro diante dos nossos olhos, crer no invisível.
O invisível pode ser um sonho de consumo, a conquista de um bem, a busca pelo emprego desejado, enfim, aquilo que pode ser visto apenas pela formulação de imagens na mente, que é a imaginação.
Da mesma forma, temos o poder de acreditar num deus (com "d" minúsculo) e tentar imaginar o seu formato. Alguns podem até fundir com ouro e prata uma suposta imagem dele, bem como adorá-la como o próprio deus. Como é dito no livro aos Romanos, "tudo me é lícito, mas nem tudo convém". Posso adorá-las como o próprio deus, mas não convém.
Não convém porque o que menos importa é a sua forma ou aparência, mas o que ele quer dizer e transmitir ao ser humano. O importante não é seu cabelo curto ou comprido, mas a essência e o vigor das suas palavras. Pouco importa se ele tem ou não tem olhos azuis. O importante é que seu olhar consome como fogo. Não me incomoda se ele era branco ou negro, mas o que importa é que ele nunca fez acepção de pessoas.
Nosso olhos nos enganam. As imagens nos devoram e nos faz reféns. A fé não é material, antes é espiritual. A fé não é palpável, que pode ser comercializada. A fé, como é dito em João, vem pelo ouvir, ouvir da palavra de Deus. Este "Deus" com "D" maiúsculo.
Deus tem um nome. Um nome que está acima de todos os nomes. Nome o qual jamais teve e nunca mais haverá. Um nome único!

Diego Polachini, estudante de Jornalismo.

O começo.

Queridos amigos! Este é um espaço para discussões sobre qualquer assunto. A idéia surgiu em um bate-papo informal com o Diego Polachini, redator do informativo Viva-Voz, que como eu enxerga a necessidade de mais espaços para colocarmos nossas idéias em discussão. Nós pensamos que é através da troca de idéias que evoluímos e nos tornamos melhores como pessoas e como cidadãos, e que só através desse crescimento é que podemos transformar tais idéias em ações. Acredito, ainda, que são atitudes discutidas e planejadas que levam um país ou um povo a ter um futuro melhor e mais digno. Isto posta gostaria de convida-los a postar com a gente.