segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Ter fé é uma questão de fé!

No livro aos Hebreus, Paulo diz: "Ora, a fé é a certeza das coisas que são esperadas, e a convicção dos fatos que não são vistos". Ou seja, ter fé é acreditar naquilo que não está claro diante dos nossos olhos, crer no invisível.
O invisível pode ser um sonho de consumo, a conquista de um bem, a busca pelo emprego desejado, enfim, aquilo que pode ser visto apenas pela formulação de imagens na mente, que é a imaginação.
Da mesma forma, temos o poder de acreditar num deus (com "d" minúsculo) e tentar imaginar o seu formato. Alguns podem até fundir com ouro e prata uma suposta imagem dele, bem como adorá-la como o próprio deus. Como é dito no livro aos Romanos, "tudo me é lícito, mas nem tudo convém". Posso adorá-las como o próprio deus, mas não convém.
Não convém porque o que menos importa é a sua forma ou aparência, mas o que ele quer dizer e transmitir ao ser humano. O importante não é seu cabelo curto ou comprido, mas a essência e o vigor das suas palavras. Pouco importa se ele tem ou não tem olhos azuis. O importante é que seu olhar consome como fogo. Não me incomoda se ele era branco ou negro, mas o que importa é que ele nunca fez acepção de pessoas.
Nosso olhos nos enganam. As imagens nos devoram e nos faz reféns. A fé não é material, antes é espiritual. A fé não é palpável, que pode ser comercializada. A fé, como é dito em João, vem pelo ouvir, ouvir da palavra de Deus. Este "Deus" com "D" maiúsculo.
Deus tem um nome. Um nome que está acima de todos os nomes. Nome o qual jamais teve e nunca mais haverá. Um nome único!

Diego Polachini, estudante de Jornalismo.

Um comentário:

Mantovani disse...

A fé, não é para mim, como muitos dizem, questão de foro íntimo. A fé é uma necessidade inerente ao ser humano, que precisa tê-la para usar como contra-ponto à inteligência. O raciocínio lógico(base da inteligência), faz com que o homem seja o único ser vivo, que dotado de uma compreensão temporal, (conhecedor do passado, vivenciando o presente e imaginando o futuro), vislumbre seu próprio ponto final: a morte. Sendo assim, e sem entrar no mérito do direcionamento da fé, é a própria percepção da finitude humana que o leva à necessidade de crer. Por tanto, quando crê, ainda que seja em sua própria capacidade, o homem está, além de amenizando o impacto de sua perecividade, exaltando uma certeza de que a vida não terá sido vã, posto a valia da vida será um legado para os que ficarão. Reside, então, na fé, a base para a perpetuação da espécie humana.